domingo, 14 de julho de 2013

Estômago • Vanilla Sky • Spring Breakers

Como faz um bom tempo já que eu não faço uma postagem sobre algum filme, decidi que comentarei sobre os três últimos filmes que vi nessa mesma postagem. Fazia um tempo que eu não assistia um bom filme, pois andei bastante focadas nos meus livros e séries, mas entre ontem e hoje assisti alguns filmes e gostaria de compartilhar a minha opinião sobre eles.

Os filmes sobre os quais que falarei aqui agora são: Estômago, Vanilla Sky e Spring Breakers. A possibilidade de spoilers sobre todos os três existe, principalmente sobre o final deles. Embora eu tente polir a minha opinião e manter o suspense ou tente não revelar o que é principal no filme, alguns comentários, dependendo da pessoa, podem estragar o filme todo. Aviso logo, para não estragar o filme de ninguém.

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1. Estômago

Clique para ver a sinopse no Filmow.

O filme é nacional e eu devo dizer desde já que eu sou uma grande apreciadora de filmes nacionais que escorrem pro lado independente e "cult" e de baixo orçamento. Essa é provavelmente uma das poucas coisas que eu aprecio de verdade no país.
Estômago é tudo isso e um pouco mais, é um filme de extrema qualidade. O filme é ambientado grande parte pela cidade de Curitiba - e é impossível não apreciar pelo menos um pouco esse fato, sendo eu moradora da região metropolitana de tal cidade e sempre estando a passear por lá. E não é um filme bobo ou fácil de entender e tampouco é uma comédia sem sentido. Toda a trama parece se desenrolar naturalmente, os atores não forçam muito, isso também me encantou bastante, pois em alguns filmes o que percebo é sempre a forma forçada como eles se desenrolam. Também gostei muito da ousadia da película, abusando do grotesco e nojento e fazendo apenas com que esse seja o diferencial e atrativo da obra. Pois sim, considero este filme uma grande obra. E o final à la Hannibal também é surpreendente.

Recomendadíssimo!

A minha nota: ★★★★☆





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2. Vanilla Sky

Clique para ver a sinopse no Filmow.

Como a grande admiradora de ficção científica que eu sou, filmes em que a cronologia não segue a ordem natural sempre me encantam. Já antes de ver esse filme, ouvi falar bem sobre, mas por alguma razão sempre tive um pouco de preguiça dele, mas com alguns amigos ontem, escolheram esse filme e fiquei grata. Queria falar sobre ele, mas deixo claro de que eu pretendo assisti-lo novamente sozinha, para poder sentir a essência do filme por mim mesma, porque confesso que não pude absorver tudo o que o filme transmite e sei disso, porque é sempre assim quando nos reunimos com amigos para ver filmes, rolam as piadinhas (e as piadas sobre a cara de besta do Tom Cruise durante esse foram intermináveis) e geralmente até o filme mais dramático acaba se tornando comédia. Mas uma coisa é fato, todo mundo ficou pensativo quando o filme acabou, como se fosse necessário refletir sobre aquilo. É meu estilo favorito de filme, isso não há o que contestar. E eu sou uma eterna apaixonada por filmes que contam a história do ponto de vista das possibilidades ou dos desejos. 
O enredo de Vanilla Sky me remete um pouco uma mistura de Mr. Nobody e Inception.
A sequência do filme é exatamente como gosto, primeiro demoramos a perceber o que faz parte da realidade e o que faz parte da ilusão, pois no primeiro momento não há como diferenciar ou compreender o que é o que. O filme também brinca com a nossa mente, colocando respostas para perguntas que fazemos ao assistir e depois retirá-las e substituí-las por outras. Acreditamos em algo e logo mais já estamos acreditando em outra coisa. E, claro, o contexto metafórico e reflexivo que não falta em filmes como este, foi o que com certeza me encantou e me fisgou de vez, me fazendo ter certeza de que as recomendações sobre esse filme estavam corretas. Todo esse contexto sobre a ligação que nós criamos com as coisas que vemos, as coisas às quais nos apegamos, os nossos desejos mais profundos e mesmo os nossos sonhos, essa essência do filme faz com que a gente passe o resto da noite pensando sobre, depois de assisti-lo. Já havia me deparado com esse tipo de ordem cronológica em alguns episódios de Doctor Who e de algumas outras séries que vejo ou pelo menos com coisas parecidas, então por isso já me sinto bem localizada com filmes nesse estilo. E não posso deixar de falar sobre detalhes mais fúteis, porém impossíveis de ignorar, como a trilha sonora incluindo Radiohead e outras músicas gostosas, no quanto a Penélope Cruz estava linda e no quanto eu fiquei feliz em ver pelo menos um pouquinho a Tilda Swinton na tela (e ruiva!). E claro, o Tom Cruise também estava muito bom no personagem, apesar das piadas dos amigos pra descontrair.
É um filme e tanto e vale à pena em qualquer momento. 

A minha nota: ★★★★





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3. Spring Breakers


Eu não vou dizer que o filme é bom e enganar todo mundo, porque não é, eu assumo que o filme tem um roteiro absurdamente pobre e sem propósito. Mas também não posso dizer que perdi tempo assistindo. Acho que, do meu ponto de vista, eu consideraria Spring Breakers como o tipo de filme ruim que de vez em quando eu gosto de assistir pra relaxar, pois não é um filme que eu vá querer refletir sobre o tema ou sobre os motivos depois que acaba, não tem uma mensagem boa e nem quotes inteligentes. O filme não tem nada além de imagens bonitas, mocinhas da Disney atirando a imagem de santas pela janela (exceto pela Selena, como já era de se esperar) e nudez, muita nudez. Nudez o tempo todo! Peitos, bundas e barrigas nuas pra todo o lado. Câmeras diferentes, jogos de cores, trilha sonora razoavelmente boa,  tudo pra parecer um bom filme, mas apenas parece. Não sei qual era o real propósito de Spring Breakers, talvez não tivesse, de fato, um propósito mesmo. Não julgo atuações, não mesmo. Depois de sair da Disney em alguns casos e abandonar personagens mais simples e em tudo que que diz respeito às cenas explícitas de sexo, abuso de drogas, entre muitas outras coisas, elas na realidade foram muito bem, foram corajosas em se jogar de cabeça num filme como esse e isso me faz admirá-las um pouco. Também fiquei admirada com o James Franco no filme, que não parecia ele. Spring Breakers é, para mim, um filme cinematograficamente bonito e nada complexo, exatamente para quando se quer relaxar ou talvez colocar pra dormir. 
Não é, com certeza, um filme que eu recomendaria pras pessoas, mas também não é um filme que eu falaria mal se ele surgisse em uma conversa. Talvez o que se esperava, a expectativa sobre ele fosse bem maior e por isso se tornou decepcionante, mas eu não achei de todo o mal, também. Foi razoável.

A minha nota: ★★



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