domingo, 13 de outubro de 2013

Rainha Vermelha



Me rendo miseravelmente aos teus encantos,
E caio de joelhos aos teus pés, ao teu trono,
Suplicante, espero pela tua sentença
Sou tua escrava, tua serva, 
Sou tua pra satisfazer até o teu mais vil desejo 
Tu és a Minha Dama, minha mulher.

Rasga a minha pele, poupa a tua
Derrama o meu sangue, não o teu
Bebe de minhas lágrimas, guarda as tuas
Desconta toda a tua raiva em mim,
Pois se aqui estou, é para servir somente a ti.

Me apresento como uma aliada, 
Uma tola apaixonada, uma devota,
Deposito em ti toda a minha fé,
Ofereço-te a minha vida,
Faz de mim teu escudo, teu soldado,
Ou faz de mim teu chão, se assim for do teu desejo
Em ti descansa a minha eternidade, o meu segredo.

Teu falar hipnotiza, então faz de mim tua marionete
Me torno mero objeto para os teus prazeres impuros,
Vem e faz de mim o que for do teu interesse,
Mas se não for, então mata-me, por favor!
Morro do mais puro prazer, mas só pelas tuas mãos
Em ti descansa o meu futuro, a minha promessa.

Sela o meu destino, beija-me com teu ódio
Teus lábios tem o gosto amargo do veneno
Tu és o próprio Diabo, então carrega-me daqui
Paralisada, mortificada
Mas para sempre tua, para teus desejos saciar
Apenas tua, Rainha dos meus sonhos,
Em tuas mãos descansa minha alma suja.

Quando tu, bela, atirar teu próprio corpo ao mar
Leva-me consigo, carrega-me daqui
Servi a ti meu corpo, uma oferenda
Meu sangue, símbolo da minha gratidão
Confio em ti para lavar a minha alma imunda
Para levá-la pra longe daqui.

E és tu, Rainha dos meus sonhos,
O anjo da morte, o próprio Diabo,
Confio em ti o meu segredo, posto que és tu
Aquela que deixou imunda minh’alma
E pintou-me toda de vermelho.

E eu que tanto amei a ti,
Meu maior pecado, meu crime mais violento
Tu, Rainha
Por ti, vendi a alma ao Diabo
E pelas tuas mãos, sangrei pela última vez.

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